Jornalismo
Micro-ônibus atropela e mata cinco pessoas e deixa outras 27 feridas durante procissão
Bombeiros e SAMU prestam socorro às vítimas
Por Emerson Guedes01 ABR - 09H19
Motorista era procurado pela polícia após o acidente, que aconteceu na tarde do domingo de Páscoa (31), no bairro de Marcos Freire, em Jaboatão dos Guararapes. Micro-ônibus foi levado para a Delegacia de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes.
O motorista do micro-ônibus que atropelou fiéis durante uma procissão no domingo de Páscoa (31) prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (1º) na Delegacia de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O condutor do veículo tinha fugido do local do acidente, que deixou cinco mortos e 27 feridos.
O nome dele não foi divulgado. A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes informou que o motorista também é o permissionário do veículo, que funciona como transporte complementar e tem a autorização do município para circular na cidade.
O atropelamento aconteceu na tarde do domingo, na Avenida Barreto de Menezes, em um trecho conhecido como “ladeira da Adelaide”, pois fica perto da Escola de Referência em Ensino Médio Adelaide Pessoa Câmara. O micro-ônibus fazia a linha 118 – Marcos Freire/Barra de Jangada e levava passageiros no momento do acidente, mas nenhum deles se feriu.
Imagens recebidas mostram o momento em que o micro-ônibus desce a ladeira desgovernado e atropela vários participantes da caminhada Cristo Vive, realizada pela Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, causando correria entre os outros fiéis.
Por telefone, a secretária de Serviço Social de Jaboatão dos Guararapes, Maria Jacinta da Silva, afirmou que faltou freio ao micro-ônibus durante o percurso. A prefeitura decretou luto oficial de três dias.
Micro-ônibus que atropelou pessoas durante procissão no Grande Recife estava regular, o secretário executivo de Ordem Pública e Controle Urbano de Jaboatão dos Guararapes, Carlos Sá, disse que o micro-ônibus tinha passado por uma manutenção e estava com a licença renovada após uma perícia junto à prefeitura, feita há cinco meses.
“Foi exigida uma série de documentos do veículo, do permissionário, das pessoas envolvidas na condução do veículo, documentações pessoais e documentações técnicas. Inclusive nós temos um laudo que é reconhecido pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) das condições de regularidade do ônibus para que ele possa rodar”, disse.
Carlos Sá explicou que apenas veículos com essa autorização dada pela prefeitura podem fazer o transporte de passageiros nas linhas complementares.
“Nossa vistoria exige uma apresentação de um laudo técnico reconhecido pelo Inmetro e fazemos a observação dos itens de segurança, condições de pneus, de pisca, de alerta, existência de equipamentos de uso obrigatório”, afirmou.
Ainda segundo o secretário executivo, após o atropelamento, a autorização do veículo foi recolhida pela prefeitura e seguirá suspensa durante a apuração dos fatos.
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