Miró: Estudo N°2 começou a ser idealizado em 2015, num momento de reformulação interna do grupo. Entre muitas transformações, a mudança da sede para o bairro da Boa Vista, no Centro do Recife, foi, sem dúvidas, a mais importante. A instalação no Edifício Texas, espaço que funcionou como um centro cultural no coração do bairro por alguns anos, proporcionou ao Magiluth um intenso fluxo de intercâmbio com vários artistas de diversas linguagens.
Dentre esses encontros, a aproximação com um dos mais importantes poetas contemporâneos do Brasil, Miró da Muribeca, foi um dos mais especiais. Foi naquelas trocas frequentes, com um homem em estado de ebulição poética, que começou a nascer a vontade de se aproximar ainda mais da obra e biografia do poeta.
O formato de “Estudo” inaugurou para o Magiluth um novo campo de interesse cênico, no qual a linguagem desenvolvida ao longo de 20 anos se propõe agora ao jogo de explicitar o processo de construção teatral. Para o espetáculo “Miró: estudo N°2”, o jogo proposto é: como fazer um personagem?
“A gente encontrava muito o poeta pelas ruas e acabamos nos aproximando. Foi quando começamos a produzir pequenos vídeos com performances apresentando a poesia de Miró, que ficou muito feliz ao ver que sua obra não era algo restrito à sua performance, mas que podia ser apresentada de outras formas e por outros artistas”, destaca Erivaldo Oliveira, um dos atores do Magiluth.
Miró: Estudo Nº 2 tem direção e dramaturgia do próprio grupo, e conta no elenco com os atores Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira e Giordano Castro no palco, além de Mário Sergio Cabral e Lucas Torres na produção. A fotografia é de Ashlley Melo e o design gráfico de Bruno Parmera. Já o design de luz é assinado por Wagner Antônio e a assistência de luz por Dimi Luppi. Há ainda a colaboração de Anna Carolina Nogueira, Giovana Soar, Grace Passô, Kenia Dias, Luiz Fernando Marques e Miguel Mendes. O espetáculo tem 75 min de duração e a classificação indicativa é 16 anos.